Mostrando postagens com marcador Resenhas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Resenhas. Mostrar todas as postagens
7 de fev. de 2018
Juntando os Pedaços - Jennifer Niven [Resenha]

Autor(a): Jennifer Niven
Páginas: 392
Editora: Seguinte
Jack tem prosopagnosia, uma doença que o impede de reconhecer o rosto das pessoas. Quando ele olha para alguém, vê os olhos, o nariz, a boca… mas não consegue juntar todas as peças do quebra-cabeça para gravar na memória. Então ele usa marcas identificadoras, como o cabelo, a cor da pele, o jeito de andar e de se vestir, para tentar distinguir seus amigos e familiares. Mas ninguém sabe disso — até o dia em que ele encontra a Libby. Libby é nova na escola. Ela passou os últimos anos em casa, juntando os pedaços do seu coração depois da morte de sua mãe. A garota finalmente se sente pronta para voltar à vida normal, mas logo nos primeiros dias de aula é alvo de uma brincadeira cruel por causa de seu peso e vai parar na diretoria. Junto com Jack. Aos poucos essa dupla improvável se aproxima e, juntos, eles aprendem a enxergar um ao outro como ninguém antes tinha feito.
Juntando os Pedaços é um livro diferente de tudo o que já li! E confesso que quando comecei a lê-lo, não esperava muito do livro. Porém, sua leitura acabou por se tornar totalmente fluída e sem muitos rodeios, assim, me cativando facilmente, desde da primeira página até a última!
Quero gritar: Estamos te vendo, Kendra! Você não pode se esconder das suas colegas! Mas quem se importa? Você é linda! Todas nós somos! Nosso corpo é maravilhoso e não deveríamos ter vergonha!
No começo do livro, podemos acompanhar a ansiedade de Libby em voltar para o colégio depois de cinco anos afastada, por razões de... Bem... Tempos atrás, Libby foi considerada a garota mais gorda dos Estados Unidos, e teve que ser retirada da própria casa com a ajuda de um guindaste!
Depois de um tratamento especial e perder mais de 140 quilos, ela se sente preparada para reencarar os desafios da vida, principalmente do ensino médio. Tudo o que ela mais ansiou!
Do outro lado da história, Jack sofre de uma doença neurológica rara, chamada prosopagnosia. E essa doença o impede de reconhecer o rosto das pessoas, até mesmo o dele! Então ele usa marcas identificadoras, como o cabelo, a cor da pele, o jeito de andar e de se vestir, para tentar distinguir seus amigos e familiares. E para sustentar a faixada de que é um cara normal, perante aos amigos, Jack age como um babaca na maior parte do tempo, mesmo não sendo um completo babaca de verdade.
A verdade é que não sei o que significa ver o mundo como as outras pessoas veem. Talvez eu não me reconheça num espelho, e talvez não saiba dizer exatamente como sou, mas não sei se me conheceria como me conheço se não tivesse prosopagnosia.
Eu confesso que não sabia e nem tinha a mínima noção de como Jack e Libby se aproximariam, pois tenho que confessar que no começo, pareceu uma dupla bem improvável. O livro é intercalado entre o ponto de vista dos dois, porém, eles não poderiam viver em mundo mais diferentes: Um adolescente popular e uma adolescente vítima de bullying constante pelo seu peso. Porém, a Jennifer Niven conseguiu escrever um enredo fantástico para tal aproximação. E esse mesmo enredo está repleto de emoções, tanto para Jack, quanto para Libby. E juntos, os dois procuram a melhor forma de solucionar seus problemas ao longo do livro, se tornando companheiros um do outro, se enxergando de uma forma que ninguém mais havia feito.
Sei que está pensando: Se você odeia tanto isso, se é um fardo tão grande, emagreça, e seu problema estará resolvido. Mas estou confortável assim. Talvez eu perca mais peso. Talvez não. Mas o que as pessoas tem a ver com isso?
É um livro fofo e apaixonante, sendo totalmente impossível não recomendá-lo para alguém. O propósito do livro é espetacular, que visa passar uma mensagem linda para nós leitores. Eu super o recomendo!
Lembrem-se: Alguém gosta de você. Grande, pequeno, alto, baixo, bonito, comum, simpático, tímido. Não deixe ninguém dizer o dizer o contrário, nem você mesmo. Principalmente você mesmo.
3 de fev. de 2018
As Coisas que Perdemos no Fogo - Mariana Enriquez [Resenha]

Macabro, perturbador e emocionante, As coisas que perdemos no fogo reúne contos que usam o medo e o terror para explorar várias dimensões da vida contemporânea. Em um primeiro olhar, as doze narrativas do livro parecem surreais. No entanto, depois de poucas frases, elas se mostram estranhamente familiares: é o cotidiano transformado em pesadelo.Personagens e lugares aparentemente comuns ocultam um universo insólito: um menino assassino, uma garota que arranca as unhas e os cílios na sala de aula, adolescentes que fazem pactos sombrios, amigos que parecem destinados à morte, mulheres que ateiam fogo em si mesmas como forma de protesto, casas abandonadas, magia negra, mitos e superstições.Uma das escritoras mais corajosas e surpreendentes do século XXI, Mariana Enriquez dá voz à geração nascida durante a ditadura militar na Argentina. Neste livro, ela cria um universo povoado por pessoas comuns e seres socialmente invisíveis, cujas existências sucumbem ao peso da culpa, da compaixão, da crueldade e da simples convivência. O resultado é uma obra ao mesmo tempo estranha e familiar, que questiona de forma penetrante e indelével o mundo em que vivemos.

Favoritado!
Livro: As Coisas que Perdemos no Fogo
Autor(a): Mariana Enriquez
Páginas: 192
Editora: Intrínseca
No lugar do altar havia uma estaca, cravada num modesto vaso de metal. E, cravada na estaca, uma cabeça de vaca. O ídolo - porque era isso. Marina logo percebeu - devia ser recente, porque não havia cheiro de carne podre na igreja. A cabeça estava fresca.
28 de jan. de 2018
Só Tenho Olhos Para Você (Os Sullivan #4) [Resenha]

Sophie Sullivan, uma bibliotecária de São Francisco, tinha cinco anos de idade quando se apaixonou por Jake McCann. Vinte anos depois, estava convencida de que o bad boy ainda a via como a gêmea Sullivan boazinha. Isso quando ele se dava ao trabalho de olhar para ela.
Ao se envolver na magia do primeiro casamento dos Sullivan, Sophie sente que já passou da hora de fazer o que quer que seja preciso para que Jake a veja como a mulher que realmente é.
No entanto, ela terá dificuldade em mostrar a Jake que pode ser uma mulher forte e decidida, capaz de amá-lo para sempre. E não só porque ela é a inacessível irmã de seus melhores amigos, mas porque ele tem medo de tê-la perto demais. Na verdade, ele desconfia que seu segredo mais vergonhoso poderá ser desvendado.
“Por que ela não podia ser fria e calculista como as outras mulheres? O que ele deveria fazer com essa honestidade? Além de esmagá-la... juntamente com o brilho dos olhos dela que odiava ter de apagar.”
14 de jan. de 2018
Sono - Haruki Murakami [Resenha]

"É o décimo sétimo dia que não consigo dormir." Ela era uma mulher com uma vida normal. Tinha um marido normal. Um filho normal. Ela até podia detectar algumas fissuras nessa vida aparentemente perfeita, mas nunca chegou a pensar seriamente nelas. Até o dia em que deixou de dormir. Então, o mundo se revelou. Um mundo duplo de sombras e silêncio; um mundo onde nada é o que parece. E onde ela não pode mais fechar os olhos. Sono é um conto de Murakami inédito no Brasil, com ilustrações de Kat Menschik.
Estou há dezessete dias sem dormir. Foram dezessete dias e dezessete noites. Um período muito longo. Hoje já não consigo mais me lembrar direito de como era a sensação de ter sono e dormir.
23 de dez. de 2017
Outros Jeitos de Usar a Boca [Resenha]
Livro: Outros Jeitos de Usar a Boca
Autor(a):Rupi Kaur
Páginas: 208
Editora: Planeta Brasil
'outros jeitos de usar a boca' é um livro de poemas sobre a sobrevivência. Sobre a experiência de violência, o abuso, o amor, a perda e a feminilidade. O volume é dividido em quatro partes, e cada uma delas serve a um propósito diferente. Lida com um tipo diferente de dor. Cura uma mágoa diferente. Outros jeitos de usar a boca transporta o leitor por uma jornada pelos momentos mais amargos da vida e encontra uma maneira de tirar delicadeza deles. Publicado inicialmente de forma independente por Rupi Kaur, poeta, artista plástica e performer canadense nascida na Índia – e que também assina as ilustrações presentes neste volume –, o livro se tornou o maior fenômeno do gênero nos últimos anos nos Estados Unidos, com mais de 1 milhão de exemplares vendidos.

a mulher que vem depois de mim vai ser uma versão pirata de quem eu sou.ela vai tentar escrever poemas pra te fazer apagar aqueles que deixei decorados nos seus lábiosmas os versos dela nunca serão um soco no estômago como os meus. então ela vai tentar fazer amor com o seu corpo. mas ela nunca vai lamber, tocar ou chupar como eu. ela vai ser uma reserva triste da mulher que você deixou escapar. nada que ela fizer vai te excitar e isso vai destruí-la.quando estiver cansada de se contorcer por um homem que não dá nada em troca ela vai me reconhecer nas suas pálpebras que a encaram com dó e tudo vai fazer sentido.como ela pode amar um homem que está ocupado amando alguém em quem ele nunca mais vai colocar as mãos.
- Outros jeitos de usar a boca
15 de jun. de 2017
Xeque-Mate da Rainha [Resenha]
A corte do rei Henrique VIII, repleta De intrigas e traições, é palco para esse Romance histórico avassalador Um romance histórico avassalador, repleto de intriga e traição. Elizabeth Freemantle conduziu extensa pesquisa para recriar o universo da corte do rei Tudor, Henrique VIII. Katherine Parr, sexta do rei, trilha um caminho perigoso entre paixão e lealdade. Muito mais nova que seu marido, ela precisa aprender rapidamente a lidar com os perigos da corte Tudor, especialmente no que diz respeito à sua fé e ao seu verdadeiro amor. Divorciada, guilhotinada, morta, divorciada, guilhotinada. Esse é o histórico das ex-mulheres do meu noivo. Estou apaixonada por um homem que não posso ter e prestes a casar com um homem que ninguém desejaria - meu noivo é Henrique VIII, que já guilhotinou duas esposas e divorciou outras duas e assistiu uma morrer durante o parto. Como sobreviverei uma vez que me tornar a rainha da Inglaterra?

Favoritado!
Livro: Xeque-Mate da Rainha
Autor(a): Elizabeth Fremantle
Páginas: 328
Editora: Pararela
"O que está me pedindo condenará nós dois", ela sussurra.
13 de abr. de 2017
Ratos - Gordon Reece [Resenha]
Autor(a): Gordon Reece
Páginas: 240
Editora: Intrínseca
Sinopse:
Sinopse:
Shelley e a mãe foram maltratadas a vida inteira. Elas têm consciência disso, mas não sabem reagir — são como ratos, estão sempre entocadas e coagidas. Shelley, vítima de um longo período de bullying que culminou em um violento atentado, não frequenta a escola. Esteve perto da morte, e as cicatrizes em seu rosto a lembram disso. Ainda se refazendo do ataque e se recuperando do humilhante divórcio dos pais, ela e a mãe vivem refugiadas em um chalé afastado da cidade.
Confiantes de que o pesadelo acabou elas enfim se sentem confortáveis, entre livros, instrumentos musicais e canecas de chocolate quente junto à lareira. Mas, na noite em que Shelley completa dezesseis anos, um estranho invade a tranquilidade das duas e um sentimento é despertado na menina. Os acontecimentos que se seguem instauram o caos em tudo o que pensam e sentem em relação a elas mesmas e ao mundo que sempre as castigou. Até mesmo os ratos têm um limite.
“Quando um gato entra na toca dos ratos, ele não vai embora deixando-os ilesos. Eu sabia como aquela história iria terminar. Ele mataria nós duas.”